Warning: Use of undefined constant CONCATENATE_SCRIPTS - assumed 'CONCATENATE_SCRIPTS' (this will throw an Error in a future version of PHP) in /home/joaolima/www/wp-config.php on line 84
A FÉ PELAS OBRAS E A CONDUTA ESPÍRITA | Site de Estudos Espíritas - João Lima

A FÉ PELAS OBRAS E A CONDUTA ESPÍRITA

O Evangelho Segundo o Espiritismo – CAP XVIII – Item 16 das instruções dos Espíritos – II – Reconhece-se O Cristão pelas suas Obras.

 

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.“

(Tiago 2:17, 18)

INTRODUÇÃO

16 – “Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus”.

Escutai estas palavras do mestre, todos vós que repelis a doutrina espírita como obra do demônio!

Abri os vossos ouvidos, pois chegou o momento de ouvir! Será suficiente trazer a libré do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer:“ Sou cristão ”, para seguir o Cristo?

Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos”. – “Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada no fogo”. – Eis as palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! (SIMEÃO, Bordeux 1863)

O Espiritismo ensina que se reconhece o verdadeiro cristão pelas suas obras (ESE, Cap.18, Item 16). Não adianta adorar e idolatrar a figura de Jesus: É necessário vivenciar a mensagem da qual ele foi portador e exemplificador.

O próprio nazareno elucida: “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?“ (Lucas 6:46). Com estas palavras, dirigidas aos hipócritas e adoradores comodistas, ele evidenciou a necessidade de vivenciar o evangelho sem as amarras da idolatria pueril.

Reflitamos

O Evangelho de Jesus – A árvore da Vida

Quais os frutos que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os que devem reunir-se em seu redor?

Os frutos da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e fé.

O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus frutos.

Mas quão poucos os colhem!

Você tem fé? Você acredita no poder da mente? Você sabe o que é a fé, mas talvez não tenha um conceito muito bem definido. Para poupar trabalho, eu fico com a definição do Mestre, que nos ensina que a fé é crer firmemente na realização da Sua palavra. Mas a fé precisa de obras.

O engraçado é que as coisas mais simples podem se tornar as mais complicadas. Somos céticos por natureza, nos confundimos com a matéria, esquecidos de nossa realidade de espírito imortal.

Continua Simeão….

“A árvore é sempre boa, mas os jardineiros são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas idéias, modelá-la de acordo com as suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos estéreis já não produzem maus frutos, pois nada mais produzem. O viajor sedento que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar força e coragem, encontra apenas os ramos secos e queimados, pressagiando mau tempo. É em vão que busca o fruto da vida na árvore da vida: as folhas tombam secas aos pés. A mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por queima-las!”

Tudo o que é criado existe antes em pensamento.

Emmanuel, no prefácio do livro SINAL VERDE de André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, nós dá uma brilhante explicação sobre o pensamento e suas relações:

 “Não desconhecemos que todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajustá-las em benefício próprio. Vasto mar de vibrações permutadas. Emitimos forças e recebemo-las, o pensamento vige na base desse inevitável sistema de trocas”

Moldagem da Arvore

Um edifício, um bolo, o computador, você.

Tudo. O nosso pensamento contém o Poder Criador de Deus.

Uma parte deste poder criador é exercido através da palavra.

Você alguma vez disse algo que magoou outra pessoa? É bem possível que sim, isto é da imperfeição humana.

Você se arrependeu depois? Se pudesse, apagava as palavras que disse? Mas as palavras não se apagam. As palavras fluem…..

Então o que é o pensamento ?

O pensamento é uma manifestação do espírito, que, para tanto, utiliza‐se de seu livre‐arbítrio. Quando o emitimos, ele se materializa e ganha o espaço, por intermédio do fluido cósmico em que estamos mergulhados.

Uma vez exteriorizado por esse fluido, pode ser recepcionado por outro Espírito, encarnado ou desencarnado. Porém, os desencarnados têm maior facilidade de captá‐lo, devido ao fato de sua capacidade perceptiva não se encontrar embaraçada pela matéria densa.

As Beatices

A beatice é comum dentro das igrejas cristãs, contudo, notamos a infiltração desta atitude em alguns setores espíritas, indo de encontro aos postulados doutrinários. Há indivíduos que se tornam adeptos do Espiritismo, mas, infelizmente, não conseguem se desassociar totalmente dos conceitos teológicos medievais. Na realidade, a “principal causa da deturpação e desvio das grandes ideias filosóficas e concepções religiosas é que os homens, não se esforçando o suficiente para compreendê-las, passam a adaptá-las ao seu modo de ser e de agir. Não conseguindo mudar a si mesmos, empreendem pelos seus pontos de vista a mudança dos princípios que não conseguiram assimilar.” (Nova História do Espiritismo – Dalmo Duque)

Adorações

É natural que os Espíritos de escol exerçam sobre nós, seres ainda imperfeitos, um “ascendente moral irresistível” (L.E, Q.274), mas o desejo deles é de nos auxiliar na conquista do nosso progresso intelecto-moral, e não serem levianamente adorados como mitos.

A Caridade como base de nossas obras.

Ao escrever em seu frontispício o lema “Fora da caridade não há salvação”, a doutrina espírita restaura a moral cristã em sua expressão mais pura. Não existem mais dogmas, rituais, cerimônias, sacerdócio, imagens, ou qualquer ação que evidencie a pratica do culto exterior e do formalismo institucional.

Verificamos na questão 886 de O Livro dos Espíritos qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia o próprio Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Conforme observamos, o sentido da palavra caridade, empregada pelo Espiritismo, é bastante amplo e não se limita a assistência social, como alguns falsamente interpretam. Os dogmas, que foram se infiltrando nos ensinamentos evangélicos, abafaram essa grande máxima do Cristianismo nascente. Aos poucos os cristãos foram abandonando a essência do evangelho, trocando-o pelo culto exterior que nada exige do homem a não ser a hipocrisia dos fariseus.

Ocorre que, entre os cristãos protestantes e católicos, há um predomínio da teologia paulina da justificação pela fé, que, segundo as palavras de Paulo de Tarso, a “salvação” (salvar-se de que?) viria pela fé e não pelas obras. De acordo com dados históricos, Tiago, o irmão de Jesus, foi o verdadeiro coordenador do Cristianismo nascente, sendo a sua epístola uma verdadeira contestação para com a doutrina da justificação pela fé ensinada pelo apóstolo dos Gentios.

Todavia, defende Hermínio Corrêa de Miranda que o apóstolo Paulo “não prega a fé sem obras, como entendem muitos de seus intérpretes até hoje; ele não faz outra coisa senão ensinar que a fé, a nova concepção do relacionamento do homem com Deus, dispensa a ritualista da lei antiga, consubstanciada no velho testamento e na tradição” e que “jamais encontrou apoio no pensamento de Paulo de que a fé passiva e sem obras levar-nos-ia à salvação.” (As marcas do Cristo – Paulo, o apóstolo dos Gentios). Por sua vez, Severino Celestino aduz que “não podemos esquecer é que Paulo não é Jesus. Sua mensagem foi dirigida aos Gentios ou pagãos e ele facilitou muita coisa para conquistar aqueles a que dirigiu sua mensagem, em nome de Jesus.” (O evangelho e o Cristianismo primitivo)

Tal pensamento faz sentido, bastaríamos citar o capítulo 13 da primeira epístola de Paulo aos Coríntios [Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um sino que tilinte. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.] considerada um verdadeiro hino à caridade. Outras passagens também evidenciam que Paulo não pregava a fé sem as obras: 2 Coríntios 5:10, 2 Timóteo 4:14, 1 Coríntios 3:8, entre outras.

Não sabemos se a intenção de Paulo de Tarso era pregar a salvação gratuita ou se os teólogos interpretaram mal as suas palavras, entretanto, são nas suas epístolas que a igreja de roma se fundamenta para defender o dogma do salvacionismo gratuito, donde podemos dizer que há mais paulinos do que cristãos dentro das igrejas.

Nas palavras de Jesus o salvacionismo jamais encontrou respaldo.

Ele coloca como regra áurea a Lei do amor (Mateus 22: 36-39). A síntese do evangelho está toda contida no Sermão da Montanha, nele encontramos toda pureza de uma verdadeira moral universal, a exortação é sempre em prol da benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e o perdão das ofensas. Para Huberto Rohden “o Sermão da Montanha é a alma do evangelho”. O que também levou Gandhi a dizer: “Se por acaso se perdesse todos os livros sagrados do mundo e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”.

Numa de suas belíssimas parábolas, com conteúdo extremamente significativo, “Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc.” (ESE, Cap.15, Item 3)

Sobre os modos herdados….

Renasce a essência da moral universal cristã com o advento do Espiritismo. Semelhante ao apóstolo Tiago, também afirma: “assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2, 26) Esta é a verdade que devemos resguardar.

Cultivar os atavismos religiosos dentro do movimento espírita é inadmissível.

E continua Simeão:

Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corte a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajor cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém. “São muitos os chamados e poucos os escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve distribuí-los para todos. .

Conduta Espírita

Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob as ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece.

“Não se colhem uvas dos espinheiros”.

Meus irmãos afastem-vos, pois, dos que vos chamam para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.

Não podemos permitir que, em nome de uma tolerância irresponsável, deixar desnaturar a mensagem do Espiritismo, silenciar ante as deturpações é o mesmo que compactuar com o erro.

“Não há mais lugar para comodismos, compadrismos, tolerâncias criminosas no meio espírita. Cada um será responsável pelas ervas daninhas que deixar crescer ao seu redor.

É essa a maneira mais eficaz de se combater o Espiritismo na atualidade: cruzar os braços, sorrir amarelo, concordar para não contrariar, porque, nesse caso, o combate à doutrina não vem de fora, mas de dentro do movimento doutrinário.” (J. Herculano Pires – Curso Dinâmico de Espiritismo.)

Conclusão

O indivíduo que busca vivenciar o evangelho não é (ou não deveria ser) um beato piegas, mas apenas um homem que luta para conquistar sua transformação moral e dominar suas más inclinações (ESE, Cap. 17, Item 4).

A moral cristã não visa criar condutas artificiais, convida-nos, conforme afirmou J. Herculano Pires, a “evoluir, não por fora, mas por dentro”

Assim Simeão termina sua mensagem…

O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Que o Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da vida (O Evangelho redivivo) vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Credes e orai!

Reflexão: Em uma Época de transição planetária, tão amplamente discutida no meio Espírita, tornam-se necessárias as inúmeras comunicações dos Prepostos do Cristo, chamando-nos a Oração e a Vigilância. São palavras de Manoel Philomeno de Miranda, através das confiáveis mãos de Divaldo Franco, no Livro ‘Trilhas da Libertação’, e também em ‘Amanhecer de uma Nova Era’, que nos alerta para as “armas” que os ainda Inimigos do Cristo iriam se utilizar a fim de tentar promover a falência do projeto de resgate da humanidade promovido por Jesus com a participação de seus companheiros que viriam de todas as partes (Livro Boa Nova, capítulo 3). Entre estas, estaria a ideia de criar dissenção e divisão por questões doutrinárias. Dividir e não unificar, aguçar trevas e não exaltar a luz, trazer ensinos passageiros em vez da mensagem renovadora do Evangelho de Jesus… tomar tempo desviando o olhar para os valores mais importantes do ensino do Cristo… Emmanuel nos diz no Livro Estude e Viva, no capítulo 40, que a maior caridade que podemos fazer pela Doutrina é sua própria divulgação. É preciso divulgar de forma acertada os ensinos evangélicos redivivos, sem permitir quaisquer infiltrações de conceitos que choquem com as verdades das obras básicas, sob pena de estarmos semeando sombras com aparência de luzes, e conduzindo muitos aos caminhos do conformismo, da desesperança e da insegurança, angariando para nós mesmos consequência inevitável de dor, quando a proposta maior é de exaltar Jesus e seus ensinos, hoje tão claro e racional, trazido pelo Espiritismo.

Bibliografia:

Ricardo Malta – http://oblogdosespiritas.blogspot.com.br – A Fé Pelas Obras e a Conduta Espírita

Dalmo Duque – Nova História do Espiritismo

Allan Kardec – O Evangelho Segundo O Espiritismo.

J Herculano Pires – Curso Dinâmico de Espiritismo

Herminio C. Miranda – As marcas do Cristo – Paulo, o apóstolo dos Gentios. (Vol 1)

O Novo Testamento – Tradução de Haroldo Dutra Dias

Hélio Tinoco – http://www.redeamigoespirita.com.br/ – Pureza Doutrinária

Severino Celestino – O evangelho e o Cristianismo primitivo

Divaldo P. Franco – Transição Planetária / Trilhas da Libertação

Francisco C. Xavier – Boa Nova / Estude e Viva / Sinal Verde

Comentários estão desabilitados.