Arquivos Mensais: fevereiro 2016

™A Parábola do Semeador

™A parábola do Semeador

™Capítulo XVII – E.S.E.

™Estudo Espírita –  C.E. Paz União e Fraternidade – 24-11-2015 – ™João Lima

™AS PARÁBOLAS E A SUA INTERPRETAÇÃO

™Na acepção geral do termo, parábola é uma narrativa que tem por fim transmitir verdades indispensáveis de serem compreendidas.

™As 32 Parábolas dos Evangelhos são alegorias que contêm preceitos de moral. O emprego contínuo, que durante o seu ministério Jesus fez das parábolas, tinha por fim esclarecer melhor seus ensinos, mediante comparações do que pretendia dizer com o que ocorre na vida comum e com os interesses terrenos. Sugeria, assim, o Mestre, figuras e quadros das ocorrências cotidianas, para facilitar mais aos seus discípulos, por esse método comparativo, a compreensão das coisas espirituais. (C. Shuttel).

™™A parábola do semeador

™O objetivo deste estudo é buscar a essência de cada uma das sementes, narradas pelo evangelista, no sentido de verificar em que grau está a nossa semeadura.

™É muito importante compreender ao estudarmos esta parábola, que JESUS durante a sua missão na terra, circulava pela Galiléia entre camponeses poetas. Camponeses que viviam da agricultura fazendo seu trabalho árduo e diário junto a terra mas que também não deixavam de ter uma profunda sensibilidade religiosa cultivada nas sinagogas, no templo de Jerusalém, ouvindo as histórias, as máximas morais extraídas do antigo testamento.

™Eram então pessoas que circulavam entre o altar da natureza e adoração a Deus e o trabalho diário repleto de esperança de muito esforço e de muito sacrifício. E para se entender esta parábola é necessário aqui resgatar sobre uma característica essencial da agricultura na Galileia de 2000 anos atrás. O terreno não era preparado antes de ser lançada a semente. Pelo contrario, depois da colheita, depois que aterra foi pisoteada depois que animais circulavam no campo que toda sorte de espinhos, ervas daninhas, pedras, pedregulhos, estavam sobre o terreno, o lavrador lançava a semente e vinha então com um animal que puxava uma espécie de arado e aí então o arado sulcava a terra deixando-a preparada para o crescimento da semente que já havia sido lançada.

™Na agricultura de hoje sabemos que o lavrador prepara antes o terreno, arando adubando, corrigindo o PH da terra, para somente depois lançar a semente.

™Nesta parábola encontramos um semeador que sai a semear, e porque a terra não foi antes preparada, de acordo com a cultura da época, essa semente cai na beira do caminho, que é o caminho por onde passavam os lavradores no momento anterior, quando houve colheita, cai também sobre espinheiros, e cai sobre pedregulhos que eram lançadas no processo da colheita anterior, o que mostra que a semeadura era irrestrita e o trabalho da terra é feito somente depois que a semente foi lançada pelo semeador.

 

™Então vale a pena lermos detalhes desta parábola, sem a pretensão de esgotarmos nestes breves minutos a sua analise espiritual.

™Vamos então á parábola, como transcrita do Evangelho Segundo o Espiritismo:

™Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à borda do mar. E vieram para ele muita gente, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou, ficando  toda a gente de pé na ribeira; e lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis aí que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram às aves do céu, e comeram-na. Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol se queimou, e porque não tinha raiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e crescendo os espinhos, a afogaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem ouvidos de ouvir, ouça. (Mateus, XIII: 1-9)

™A Parábola do Semeador sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas. Compara a providencia divina ou a ação orientadora de Deus a um semeador.

™™A semente é a palavra de Deus, lançada indistintamente. Os conselhos espirituais, as revelações são dadas a todos os filhos de Deus. Sem nenhum preconceito e de forma irrestrita.

™™Mas cada qual vai receber estas sementes, de acordo com a qualidade da sua “terra íntima”.

™™A Palavra de Deus, a “semente”, é uma só, em todos os tempos e lugares.

™™A sua absorção e aplicação, depende da variedade e da desigualdade dos Espíritos que povoam a Terra.

™E podemos dizer mais, cada um de nós ira produzir de acordo com as potencialidades do seu próprio espírito.

™Lembremos que a Deus incumbe de dar nos o Sol, dar a chuva, os nutrientes, corrigir o crescimento, elementos que estão implícitos nesta parábola.

™Jesus compara a sua ação de anúncio do reino de Deus, de anúncio da mensagem libertadora do Evangelho, a atividade de um semeador o que é muito bonito pois tocava o coração dos camponeses que o ouviam e nos leva a uma reflexão muito profunda de que a atividade do evangelho tem muito a ver com as virtudes necessárias para um agricultor, entre elas a fé e a confiança no mais alto. E de que teremos uma boa colheita se sob seus preceitos trabalharmos.

™A nossa casa mental:

™A nossa casa mental pode ser dividida em 3 partes:

™Subconsciente: residência de nossos impulsos automáticos, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados – hábitos e automatismos; é a mente não racional.

™™Consciente: “domínio das conquistas atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando – esforço e vontade; é a mente racional.

™™Superconsciente: “casa das noções superiores”, indicando as eminências que nos cumpre atingir – ideal e meta superiores, aspirações máximas do espírito.

™A semente atirada ao longo do caminho

™A parte da semente jogada ao pé do caminho, que é comida pelas aves, representa a Palavra do Plano Maior recebida, sem que nos modifique, ou sem que nos desperte a ação.

™A semente que cai nas pedras e nos espinheiros.

™O pedregal e o espinheiro representam a pouca base de nosso vaso interior para a assimilação da palavra divina.

™™Esta parte da semente está relacionada com a questão de ser religioso e ter uma religião.

™™Ter uma religião é seguir o que o pastor diz, o que o padre prega e o que os tribunos falam. Ser religioso é modificar-se interiormente e agir exteriormente de acordo com os preceitos do Evangelho.

™A semente que cai em terreno fértil

™A semente que cai em terreno fértil diz respeito àquela palavra que, em nos encontrando atentos e receptivos, se assenta em fundamentos que nos são próprios, sólidos e bem estruturados.

™™A semente que cai em terreno fértil pode, também, ser comparada à expansão do nosso “eu”, ou seja, quanto mais pessoas comungam com os nossos ideais do bem, tanto mais a semente cresce em fortaleza.

™A semente e o SER Espírita

™Encontra respaldo nas diversas categorias de Espíritas

™1) Naqueles que se apegam aos fenômenos materiais, e deles não tiram nenhuma consequência.

™2) Naqueles que não procuram senão o brilho das comunicações dos Espíritos.

™3) Naqueles que acham os conselhos muito bons e os admiram, mas deles fazem aplicação nos outros e não em si mesmos.

™4) Naqueles para quem essas instruções são como a semente caída na boa terra e produzem frutos.

™Conclusão

™Os ensinamentos contidos nesta parábola faz-nos refletir sobre a função primordial de cada um de nós no esclarecimento, trabalho continuado, enfim, na caridade em relação ao nosso irmão.

™™Assim, ao clarearmos o campo mental daqueles que nos ouvem, estaremos plantando em terra boa, e a palavra divina produzirá a cento por um.

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Bibliografia

™KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., Brasília, FEB.

™SCHUTEL, C. Parábolas e Ensinos de Jesus. 11. ed., São Paulo, O Clarim, 1979.

™XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.

™DIAS, D. Haroldo O Novo Testamento, 1ª Edição – Brasília, FEB, 2013.

™GREGORIO, B. Sérgio – A parábola do Semeador.

™DIAS, D. Haroldo – TV CEI – Perolas do Evangelho

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A FÉ PELAS OBRAS E A CONDUTA ESPÍRITA

O Evangelho Segundo o Espiritismo – CAP XVIII – Item 16 das instruções dos Espíritos – II – Reconhece-se O Cristão pelas suas Obras.

 

Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.“

(Tiago 2:17, 18)

INTRODUÇÃO

16 – “Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus”.

Escutai estas palavras do mestre, todos vós que repelis a doutrina espírita como obra do demônio!

Abri os vossos ouvidos, pois chegou o momento de ouvir! Será suficiente trazer a libré do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer:“ Sou cristão ”, para seguir o Cristo?

Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos”. – “Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada no fogo”. – Eis as palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! (SIMEÃO, Bordeux 1863)

O Espiritismo ensina que se reconhece o verdadeiro cristão pelas suas obras (ESE, Cap.18, Item 16). Não adianta adorar e idolatrar a figura de Jesus: É necessário vivenciar a mensagem da qual ele foi portador e exemplificador.

O próprio nazareno elucida: “E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?“ (Lucas 6:46). Com estas palavras, dirigidas aos hipócritas e adoradores comodistas, ele evidenciou a necessidade de vivenciar o evangelho sem as amarras da idolatria pueril.

Reflitamos

O Evangelho de Jesus – A árvore da Vida

Quais os frutos que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os que devem reunir-se em seu redor?

Os frutos da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e fé.

O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus frutos.

Mas quão poucos os colhem!

Você tem fé? Você acredita no poder da mente? Você sabe o que é a fé, mas talvez não tenha um conceito muito bem definido. Para poupar trabalho, eu fico com a definição do Mestre, que nos ensina que a fé é crer firmemente na realização da Sua palavra. Mas a fé precisa de obras.

O engraçado é que as coisas mais simples podem se tornar as mais complicadas. Somos céticos por natureza, nos confundimos com a matéria, esquecidos de nossa realidade de espírito imortal.

Continua Simeão….

“A árvore é sempre boa, mas os jardineiros são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas idéias, modelá-la de acordo com as suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos estéreis já não produzem maus frutos, pois nada mais produzem. O viajor sedento que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar força e coragem, encontra apenas os ramos secos e queimados, pressagiando mau tempo. É em vão que busca o fruto da vida na árvore da vida: as folhas tombam secas aos pés. A mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por queima-las!”

Tudo o que é criado existe antes em pensamento.

Emmanuel, no prefácio do livro SINAL VERDE de André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, nós dá uma brilhante explicação sobre o pensamento e suas relações:

 “Não desconhecemos que todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajustá-las em benefício próprio. Vasto mar de vibrações permutadas. Emitimos forças e recebemo-las, o pensamento vige na base desse inevitável sistema de trocas”

Moldagem da Arvore

Um edifício, um bolo, o computador, você.

Tudo. O nosso pensamento contém o Poder Criador de Deus.

Uma parte deste poder criador é exercido através da palavra.

Você alguma vez disse algo que magoou outra pessoa? É bem possível que sim, isto é da imperfeição humana.

Você se arrependeu depois? Se pudesse, apagava as palavras que disse? Mas as palavras não se apagam. As palavras fluem…..

Então o que é o pensamento ?

O pensamento é uma manifestação do espírito, que, para tanto, utiliza‐se de seu livre‐arbítrio. Quando o emitimos, ele se materializa e ganha o espaço, por intermédio do fluido cósmico em que estamos mergulhados.

Uma vez exteriorizado por esse fluido, pode ser recepcionado por outro Espírito, encarnado ou desencarnado. Porém, os desencarnados têm maior facilidade de captá‐lo, devido ao fato de sua capacidade perceptiva não se encontrar embaraçada pela matéria densa.

As Beatices

A beatice é comum dentro das igrejas cristãs, contudo, notamos a infiltração desta atitude em alguns setores espíritas, indo de encontro aos postulados doutrinários. Há indivíduos que se tornam adeptos do Espiritismo, mas, infelizmente, não conseguem se desassociar totalmente dos conceitos teológicos medievais. Na realidade, a “principal causa da deturpação e desvio das grandes ideias filosóficas e concepções religiosas é que os homens, não se esforçando o suficiente para compreendê-las, passam a adaptá-las ao seu modo de ser e de agir. Não conseguindo mudar a si mesmos, empreendem pelos seus pontos de vista a mudança dos princípios que não conseguiram assimilar.” (Nova História do Espiritismo – Dalmo Duque)

Adorações

É natural que os Espíritos de escol exerçam sobre nós, seres ainda imperfeitos, um “ascendente moral irresistível” (L.E, Q.274), mas o desejo deles é de nos auxiliar na conquista do nosso progresso intelecto-moral, e não serem levianamente adorados como mitos.

A Caridade como base de nossas obras.

Ao escrever em seu frontispício o lema “Fora da caridade não há salvação”, a doutrina espírita restaura a moral cristã em sua expressão mais pura. Não existem mais dogmas, rituais, cerimônias, sacerdócio, imagens, ou qualquer ação que evidencie a pratica do culto exterior e do formalismo institucional.

Verificamos na questão 886 de O Livro dos Espíritos qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia o próprio Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Conforme observamos, o sentido da palavra caridade, empregada pelo Espiritismo, é bastante amplo e não se limita a assistência social, como alguns falsamente interpretam. Os dogmas, que foram se infiltrando nos ensinamentos evangélicos, abafaram essa grande máxima do Cristianismo nascente. Aos poucos os cristãos foram abandonando a essência do evangelho, trocando-o pelo culto exterior que nada exige do homem a não ser a hipocrisia dos fariseus.

Ocorre que, entre os cristãos protestantes e católicos, há um predomínio da teologia paulina da justificação pela fé, que, segundo as palavras de Paulo de Tarso, a “salvação” (salvar-se de que?) viria pela fé e não pelas obras. De acordo com dados históricos, Tiago, o irmão de Jesus, foi o verdadeiro coordenador do Cristianismo nascente, sendo a sua epístola uma verdadeira contestação para com a doutrina da justificação pela fé ensinada pelo apóstolo dos Gentios.

Todavia, defende Hermínio Corrêa de Miranda que o apóstolo Paulo “não prega a fé sem obras, como entendem muitos de seus intérpretes até hoje; ele não faz outra coisa senão ensinar que a fé, a nova concepção do relacionamento do homem com Deus, dispensa a ritualista da lei antiga, consubstanciada no velho testamento e na tradição” e que “jamais encontrou apoio no pensamento de Paulo de que a fé passiva e sem obras levar-nos-ia à salvação.” (As marcas do Cristo – Paulo, o apóstolo dos Gentios). Por sua vez, Severino Celestino aduz que “não podemos esquecer é que Paulo não é Jesus. Sua mensagem foi dirigida aos Gentios ou pagãos e ele facilitou muita coisa para conquistar aqueles a que dirigiu sua mensagem, em nome de Jesus.” (O evangelho e o Cristianismo primitivo)

Tal pensamento faz sentido, bastaríamos citar o capítulo 13 da primeira epístola de Paulo aos Coríntios [Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou um sino que tilinte. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, nada seria. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me fizesse escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria.] considerada um verdadeiro hino à caridade. Outras passagens também evidenciam que Paulo não pregava a fé sem as obras: 2 Coríntios 5:10, 2 Timóteo 4:14, 1 Coríntios 3:8, entre outras.

Não sabemos se a intenção de Paulo de Tarso era pregar a salvação gratuita ou se os teólogos interpretaram mal as suas palavras, entretanto, são nas suas epístolas que a igreja de roma se fundamenta para defender o dogma do salvacionismo gratuito, donde podemos dizer que há mais paulinos do que cristãos dentro das igrejas.

Nas palavras de Jesus o salvacionismo jamais encontrou respaldo.

Ele coloca como regra áurea a Lei do amor (Mateus 22: 36-39). A síntese do evangelho está toda contida no Sermão da Montanha, nele encontramos toda pureza de uma verdadeira moral universal, a exortação é sempre em prol da benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e o perdão das ofensas. Para Huberto Rohden “o Sermão da Montanha é a alma do evangelho”. O que também levou Gandhi a dizer: “Se por acaso se perdesse todos os livros sagrados do mundo e restasse apenas o Sermão da Montanha, nada estaria perdido”.

Numa de suas belíssimas parábolas, com conteúdo extremamente significativo, “Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc.” (ESE, Cap.15, Item 3)

Sobre os modos herdados….

Renasce a essência da moral universal cristã com o advento do Espiritismo. Semelhante ao apóstolo Tiago, também afirma: “assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2, 26) Esta é a verdade que devemos resguardar.

Cultivar os atavismos religiosos dentro do movimento espírita é inadmissível.

E continua Simeão:

Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corte a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajor cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém. “São muitos os chamados e poucos os escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve distribuí-los para todos. .

Conduta Espírita

Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob as ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece.

“Não se colhem uvas dos espinheiros”.

Meus irmãos afastem-vos, pois, dos que vos chamam para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.

Não podemos permitir que, em nome de uma tolerância irresponsável, deixar desnaturar a mensagem do Espiritismo, silenciar ante as deturpações é o mesmo que compactuar com o erro.

“Não há mais lugar para comodismos, compadrismos, tolerâncias criminosas no meio espírita. Cada um será responsável pelas ervas daninhas que deixar crescer ao seu redor.

É essa a maneira mais eficaz de se combater o Espiritismo na atualidade: cruzar os braços, sorrir amarelo, concordar para não contrariar, porque, nesse caso, o combate à doutrina não vem de fora, mas de dentro do movimento doutrinário.” (J. Herculano Pires – Curso Dinâmico de Espiritismo.)

Conclusão

O indivíduo que busca vivenciar o evangelho não é (ou não deveria ser) um beato piegas, mas apenas um homem que luta para conquistar sua transformação moral e dominar suas más inclinações (ESE, Cap. 17, Item 4).

A moral cristã não visa criar condutas artificiais, convida-nos, conforme afirmou J. Herculano Pires, a “evoluir, não por fora, mas por dentro”

Assim Simeão termina sua mensagem…

O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Que o Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da vida (O Evangelho redivivo) vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Credes e orai!

Reflexão: Em uma Época de transição planetária, tão amplamente discutida no meio Espírita, tornam-se necessárias as inúmeras comunicações dos Prepostos do Cristo, chamando-nos a Oração e a Vigilância. São palavras de Manoel Philomeno de Miranda, através das confiáveis mãos de Divaldo Franco, no Livro ‘Trilhas da Libertação’, e também em ‘Amanhecer de uma Nova Era’, que nos alerta para as “armas” que os ainda Inimigos do Cristo iriam se utilizar a fim de tentar promover a falência do projeto de resgate da humanidade promovido por Jesus com a participação de seus companheiros que viriam de todas as partes (Livro Boa Nova, capítulo 3). Entre estas, estaria a ideia de criar dissenção e divisão por questões doutrinárias. Dividir e não unificar, aguçar trevas e não exaltar a luz, trazer ensinos passageiros em vez da mensagem renovadora do Evangelho de Jesus… tomar tempo desviando o olhar para os valores mais importantes do ensino do Cristo… Emmanuel nos diz no Livro Estude e Viva, no capítulo 40, que a maior caridade que podemos fazer pela Doutrina é sua própria divulgação. É preciso divulgar de forma acertada os ensinos evangélicos redivivos, sem permitir quaisquer infiltrações de conceitos que choquem com as verdades das obras básicas, sob pena de estarmos semeando sombras com aparência de luzes, e conduzindo muitos aos caminhos do conformismo, da desesperança e da insegurança, angariando para nós mesmos consequência inevitável de dor, quando a proposta maior é de exaltar Jesus e seus ensinos, hoje tão claro e racional, trazido pelo Espiritismo.

Bibliografia:

Ricardo Malta – http://oblogdosespiritas.blogspot.com.br – A Fé Pelas Obras e a Conduta Espírita

Dalmo Duque – Nova História do Espiritismo

Allan Kardec – O Evangelho Segundo O Espiritismo.

J Herculano Pires – Curso Dinâmico de Espiritismo

Herminio C. Miranda – As marcas do Cristo – Paulo, o apóstolo dos Gentios. (Vol 1)

O Novo Testamento – Tradução de Haroldo Dutra Dias

Hélio Tinoco – http://www.redeamigoespirita.com.br/ – Pureza Doutrinária

Severino Celestino – O evangelho e o Cristianismo primitivo

Divaldo P. Franco – Transição Planetária / Trilhas da Libertação

Francisco C. Xavier – Boa Nova / Estude e Viva / Sinal Verde

Médium e Obsessão

Médium e Obsessão – Estudo Espírita

¨“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos (escravos) da corrupção (perversão, devassidão, deterioração). Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.

¨Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes neste último estado pior do que no primeiro.

¨Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;

¨Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio golfo, e a porca lavada ao espojadouro de lama.”

Pedro (2 Pedro, 2:19-22)

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INTRODUÇÃO

¨Na época atual vemos confirmada, cada vez mais, a assertiva de Allan Kardec de que a ação dos Espíritos malfazejos constitui um dos flagelos que assolam a Humanidade.

¨Vejamos como o Codificador apresenta a questão, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

   “Os Espíritos maus pululam em torno da Terra, em virtude da inferioridade moral dos seus habitantes. A ação malfazeja que eles desenvolvem faz parte dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo. A obsessão, como as enfermidades e todas as tribulações da vida deve ser considerada prova ou expiação e como tal aceita“ (Cap. XXVIII, it. 81)

 

CONCEITO

OBSESSÃO: “Perseguição / Impertinência / Ideia fixa / Mania de perseguição / Constância de Perseguição.”

(Dicionário Aurélio)

¨Em se tratando de Doutrina Espírita, o termo obsessão tem conotação mais profunda, difere portanto do significado vulgarmente adotado, pois neste último caso denota uma ideia fixa, que gera um estado mental doentio; patológico, geralmente presente nas neuroses, fobias, estados psicóticos, etc.

 

¨Allan Kardec definindo a obsessão diz:

     “A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, it81)

Mais algumas anotações de Kardec

¨Em “O Livro dos Médiuns”, o mestre lionês esclarece que a obsessão é “o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar.” – e acrescenta que “os bons Espíritos nenhum constrangimento infligem.”

(Cap. XXIII, it.237)

¨Kardec adverte ainda que em grande parte dos estados mentais patológicos a obsessão está presente, seja provocando ou intensificando os distúrbios psicológicos.

Obsessão

¨A obsessão apresenta característica diversas que precisamos distinguir com precisão, resultantes do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que este produz.

¨A palavra obsessão é portanto um termo genérico pelo qual se designa o conjunto desses fenômenos, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

¨CAUSAS DA OBSESSÃO

¨A obsessão é sempre resultado da imperfeição moral dos seres humanos.

¨Em síntese, são 5 as suas causas:

1 – vingança – exercida por um Espírito que foi lesado nesta existência ou em vidas passadas.

2 – desejo de fazer o mal – o Espírito por estar sofrendo, entende de fazer sofrer os outros
sentindo prazer em atormentá-los.

3 – ódio e inveja do bem – não existe vínculos do passado. Quando o Espírito age movido pela
inveja: o bem-estar ou a honestidade de certas pessoas o incomoda. Nestes casos a pessoa
visada, embora sendo honesta nesta encarnação, traz “matrizes” espirituais decorrentes de
débitos anteriores o que a torna receptiva às influências negativas.

4 – fraqueza moral de certos indivíduos – o que induz o Espírito a atormentá-los, pois sabe que são incapazes de lhe resistir.

5 – por orgulho do falso saber – são Espíritos obsessores que agem sem o cunho da maldade. Têm ideias próprias, sistemas pessoais sobre ciência, moral, religião, etc. e agem na intenção de fazer com que essas teorias prevaleçam. Aproximam-se de médiuns crédulos, geralmente
sem estudo e conhecimento doutrinário fascinando-os com a ilusão de que jamais erram, que estão com a verdade e, para maior ascendência, adotam nomes falsos, preferencialmente os de vultos respeitáveis. Não recuam sequer (diz Kardec) “ante o sacrilégio de se dizerem Jesus, a Virgem Maria, ou um santo venerado.”

(O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, itens 245 e 246)

¨* ALERTA PARA OS MÉDIUNS !!!

GRADAÇÕES DAS OBSESSÕES

¨Dependendo do grau do constrangimento que o obsessor exerce sobre a sua vítima e dos efeitos que esta ação produz, pode-se classificar os processos obsessivos em três principais variedades:

Obsessão simples

Fascinação

e Subjugação

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OBSESSÃO SIMPLES

¨Consiste na interferência de Espíritos malévolos, que agem de forma sutil, com pensamentos depressivos de teor negativo lançados na mente da vítima, que ao sintonizar com tais ideias se faz receptivo, acolhendo-as e dando-lhes espaço mental suficiente para que se transformem, com o tempo, em hábitos mentais viciosos.

¨Tais pensamentos se expressam em ideias deprimentes, pessimistas ou trazem o cunho
do rancor/mágoa, irritação, angústia, medo, ansiedade, insegurança, inveja, ciúme, egoísmo,
vícios, etc.

OBSESSÃO SIMPLES

¨Em relação aos médiuns a ação se faz através da própria prática medíúnica, que desenvolvem, pois o Espírito obsessor passa a interferir contra a vontade do médium nas comunicações que estes recebem, impedindo-os de sintonizar com os outros Espíritos.

¨Esses assédios obsessivos, sem afetarem propriamente a razão, expressam-se através de mudanças de temperamento/conduta e ânimo dos indivíduos.

Não se está obsedado pelos simples fato de ser enganado por um Espírito mentiroso, pois o melhor médium está sujeito a isso, sobretudo no início, quando ainda lhe falta a experiência necessária, como entre nós as pessoas mais honestas podem ser enganadas por trapaceiros. Pode-se, pois, ser enganado sem estar obsedado. A obsessão consiste na tenacidade de um Espírito do qual não se consegue desembaraçar.

Na obsessão simples o médium sabe perfeitamente que está lidando com um Espírito mistificador, que não se disfarça e nem mesmo dissimula de maneira alguma as suas más intenções e o seu desejo de contrariar. O médium reconhece facilmente a mistificação, e como se mantém vigilante raramente é enganado. Assim, esta forma de obsessão é apenas desagradável e só tem o inconveniente de dificultar as comunicações com os Espíritos sérios ou com os de nossa afeição.

¨Manoel Philomeno de Miranda, em seu livro “Nas Fronteiras da Loucura” analisando as obsessões esclarece:

   “A obsessão simples é parasitose comum em quase todas as criaturas, em se considerando o natural intercurso psíquico vigente em todas as partes do Universo.”

(Cap. Análise das Obsessões)

 

FASCINAÇÃO

¨“É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, o que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente.”

(O Livro dos Médiuns, questão 239)

¨O individuo fascinado se julga o “dono da verdade” e tudo faz para divulgar suas ideias, em geral esdrúxulas, sem lógica, fantasiosas mas que julgam serem belas, coerentes e autênticas. A pessoa perde a noção do ridículo e do discernimento.

¨Os espíritos malfazejos insuflam orgulho de missões especiais ao indivíduo .

 

¨As pessoas fascinadas também exercem fascínio sobre outras criaturas que vibram na mesma faixa e se entusiasmam pelas teorias que veiculam, com a mesma cega impressão de que tudo está muito certo, de que só elas são detentoras da verdade, que são enviados de Deus, ETS e muitas outras formas de fascinação.

¨Isto ocorre porque os Espíritos fascinadores agem de maneira a exercerem coletivamente a sua atuação.

¨A história registra muitos casos de fascinação coletiva, como por exemplo: Hitler e o nazismo, com suas ideias de seleção das raças, de domínio; Jin Jones (nas Guianias) que induziu dezenas de pessoas ao suicídio, etc.

 

¨No tocante a nós espíritas, os Espíritos que promovem os processos de fascinação quase sempre o fazem com intenções malévolas de causar prejuízos ao médium, de confundir de perturbar as instituições, de enfraquecer e provocar a desunião em nossas fileiras.Neste caso, a ascendência que exercem encontra as necessárias brechas na invigilância, na falta de estudo, de humildade, de se cultivar o hábito da prece, enfim, em todos os nossos pontos vulneráveis.

¨Deve-se levar em conta que os Espíritos fascinadores, conforme Kardec alerta, são ardilosos e profundamente hipócritas.

 

SUBJUGAÇÃO

¨Na subjugação o domínio do Espírito obsessor é de tal ordem que impede àquele que está sendo visado de agir por vontade própria.

¨O Codificador esclarece:

“A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado. Numa palavra: o paciente fica sob um verdadeiro jugo.”

(O Livro dos Médiuns, it.240)

¨A subjugação pode ser física, psíquica e simultaneamente fisio-psíquica

¨FÍSICA: Dá-se sobre os centros motores e obriga o individuo a ceder sob violencia opressora. Abre as portas tambem para várias enfermidades orgânicas.

¨PSÍQUICA: A pessoa tomba sob tortura emocional chegando a perder por completo a lucidez. O Espírito encarnado perde temporaria ou definitivamente a consciencia na atual reencarnação, não podendo se expressar livremente.

   “Um contínuo aturdimento o tonta. A visão, a audição como os demais sentidos confundem a realidade ohjetiva ao império das vibrações e faixas que registra desordenadamente na esfera física e na espiritual.

     O Espírito encarnado movimenta-se num labirinto que o atemoriza, algemado a um adversário que llte é impenitente, maltratando-o, aterrando-o com ameaças cruéis, em parasitose firme na desconsertada casa mental.

     Por fim, assenhoreia-se, simultaneamente, dos centros do comando motor e domina fisicamente a vítima, que lhe fica inerte, subjugada, cometendo atrocidades sem nome”.

(Philomeno, de M. Manoel – Nas Fronteiras da Loucura – Cap. Análise das obsessões)

¨

TIPOS DE OBSESSÃO

” (…) Existem problemas obsessivos, em várias expressões como os de um encarnado sobre outro; de um desencarnado sobre outro; de um encarnado sobre um desencarnado e, de forma geral, deste sobre aquele.”

(Sementes de Vida Eterna, cap. XXX)

Além dos tipos acima citados encontramos também na literatura os tipos: obsessão recíproca e a Auto-obsessão.

(Obsessão / Desobsessão)

 

De encarnado para encarnado

¨Domínio mental que se estabelece de um encarnado sobre outro.

“Este domínio mascara-se com os nomes de ciúme, inveja, paixão, desejo de poder, orgulho, ódio e é exercido, às vezes, de maneira sutil que o dominadose julga extremamente amado. Até mesmo protegido.”

(Obsessão/Desobsessão, cap.V)

 

De desencarnado para desencarnado

¨Existem, no plano espiritual, obsessores entre os Espíritos pelos mesmos motivos que ocorrem na Terra.

 

De desencarnado para encarnado

¨Esta modalidade é a mais comum ou mais conhecida por ser a que com frequência leva as pessoas aos Centros Espíritas em busca de ajuda e socorro espiritual.

¨O obsessor age impulsionado pelo desejo de vingança, revide, ajuste de contas do passado e na maioria dos casos tem vínculos com a vítima.

¨Nesta atuação maléfica de um Espírito sobre um encarnado, o obsessor tem, a seu favor, o fato de não ser visível e nem sempre é percebido ou pressentido pela sua vítima, que imprevidente e desconhecendo a possibilidade de sintonia entre os dois planos, deixa-se sugestionar e dominar pelo perseguidor, que encontra em seu passado as “tomadas” mentais que facultarão esta conexão.

De encarnado para desencarnado

¨“Expressões de amor egoísta e possessivo, por parte dos que ainda estão na carne, redundam em fixação mental naqueles que desencarnaram, retendo-os às reminiscências da vida terrestre, Essas emissões mentais constantes, de dor, revolta, remorso e desequilíbrio terminam por imantar o recem-desencarnado aos que ficaram na Terra, não lhe permitindo alcançar o equilíbrio de que carece para enfrentar a nova situação.”

(Obsessão/Desobsessão, cap. V)

¨Pode ocorrer também, por ódio, revolta e inconformação ante as decisões do desencarnado com relação à partilha de bens ou atitudes ou atividades que desenvolvia quando encarnado.

OBSESSÃO RECÍPROCA

¨Segundo Suely C. Schubert no livro já citado, relata que a obsessão pode assumir, também, a característica da reciprocidade.   Ela esclarece:

“Essa característica de reciprocidade transforma-se em verdadeira simbiose, quando dois seres passam a viver em regime de comunhão de pensamentos e vibrações. Isto ocorre até mesmo entre os encarnados que se unem através do amor desequilibrado, mantendo um relacionamento enervante.”

                               (Obsessão/Desobsessão, cap. V)

¨

AUTO-OBSESSÃO

¨Allan Kardec assevera que não raras vezes,

“O homem é o obsessor de si mesmo.”

   “Alguns dos estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo.”

(Obras Póstumas, it. 58)

¨Estas pessoas são doentes da alma e cultivam estados íntimos de autopunição a expressarem-se em quadros neuróticos ou de “doenças fantasmas”, tormentos e culpas advindos de outras reencarnações. São obsessores de si mesmos, vivendo um passado do qual não conseguem fugir.

¨

OBSESSÃO E MEDIUNIDADE

¨No item 243, de O Livro dos Médiuns, Kardec enumera nove características pelas quais se pode reconhecer a obsessão no médium, são elas:

¨“1 a) Persistência de um Espírito em se comunicar bom ou mau grado, pela escrita, pela audição, pela tiptologia, etc, opondo-se a que outros Espíritos o façam;

¨2 a) Ilusão que, heo obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe;

¨3a) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas;

4a) Confiança do médium nos elogios que líte dispensam os Espíritos que por ele se comunicam;

5a)   Disposição para   se   afastar das pessoas   que podem   emitir   opiniões aproveitáveis;

6ª) Tomar a mal a crítica das comunicações que recebe;

7ª) Necessidade incessante e inoportuna de escrever;

8ª) Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar a seu mau grado;

9ª) Rumores e desordens persistentes ao redor do médium/ sendo ele de tudo a causa, ou o objeto.”

¨“Não é a faculdade mediúnica que provoca a obsessão?”, indaga Allan Kardec. E ele mesmo tece comentários sobre esta questão:

   “Não foram os médiuns, nem os espíritas que criaram os Espíritos; ao contrário, foram os Espíritos que fizeram haja espíritas e médiuns. Não sendo os Espíritos mais do que as almas dos homens, é claro que há Espíritos desde quando há homens; por conseguinte, desde todos os tempos eles exerceram influência salutar ou perniciosa sobre a Humanidade. A faculdade mediúnica não lhes é mais que um meio de se manifestarem “.

(O Livro dos Médiuns, item 244)

 

Conclusão

¨“Seja, porém, qual for o processo através de cujo mecanismo se apresente, a obsessão resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação.

¨ A mediuniãade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.

 

¨Nenhum médium, todavia, ou melhor dizendo, pessoa alguma está indene a padecer de agressões obsessivas, cabendo a todos a manutenção dos hábitos salutares, da vigilância moral e da oração mediante as ações enobrecidas, graças aos quais se adquirem resistências e defesas para o enfrentaniento com as mentes doentias e perversas que pululam na erraticidade inferior e se opõem ao progresso do homem, portanto, da humanidade.

¨(…) A obsessão, no exercício da mediunidade, é alerta que não pode ser desconhecido, constituindo chamamento à responsabilidade e ao dever”.

 

¨Bibliografia

  1. KARDEQ Allan – O Livro dos Médiuns – FEB.
  2. KARDEQ Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB.
  3. KARDEQ Allan – Obras Póstumas – FEB.
  4. FRANCO, Divaldo P./Manoel Philomeno de Miranda – Nas Fronteiras da Loucura – LEAL.
  5. FRANCO, Divaldo P./Manoel Philomeno de Miranda – Nos Bastidores da Obsessão.
  6. FRANCO, Divaldo P./Manoel Philomeno de Miranda – Sementes de Vida Eterna.
  7. SCHUBERT, Suely C. – Obsessão/Desobsessão – FEB.
  8. XAVIER, Francisco C./André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade – FEB.
  9. XAVIER, Francisco C./André Luiz – Libertação – FEB.
  10. DIAS, Haroldo D. / O Novo Testamento – FEB.

¨

O HOMEM NO MUNDO

 

Todos somos espíritos imortais, temporariamente encarnados.

À luz da ciência Espírita, somos espíritos imortais, temporariamente estamos habitando uma veste carnal (encarnados no corpo físico).

Temos portanto um corpo físico por empréstimo divino, e não o inverso.

Acreditamos na imortalidade do espírito portanto nós não morremos.

O espiritismo veio comprovar de maneira indubitável a continuidade da vida do espírito ora encarnado, no mundo espiritual, quando este se despe da veste física.

Portanto o espiritismo veio “Matar a Morte”. Nós não morremos, o nosso corpo se desfalece mas nós não.

Este tema foi psicografado.

Psicografia recebida de UM ESPÍRITO PROTETOR, na cidade francesa de Bordeaux, 1863, e transcrita para nós pelo Codificador de nossa querida doutrina, Allan Kardec.

A historia humana, segundo os paleontólogos, estudiosos dos resíduos fósseis, remonta a aproximadamente 2 milhões de anos atrás.

Segundo portanto estes cientistas e após comprovações feitas através de datação por carbono, o ser humano, ou hominídeos como são chamados surgiram neste orbe a aproximadamente 2 milhões de anos.

Já o homo sapiens – a nossa espécie surgiu a aproximadamente 200 mil anos atrás.

Com isto entendemos que, a historia humana neste planeta já é longa, e que ela não se resume aos poucos séculos que nossos historiadores conseguem descrever em detalhes.

É necessário que entendamos que no princípio o mundo influenciou muito mais o homem do que o inverso. Naquela época pré-histórica os seres estavam expostos aos intempéries da natureza e eram pequenos grupos. Imaginemos os temores destes primeiros hominídeos diante da selva que os envolvia.

Os temores destes quanto os animais selvagens, e da noite que sempre trazia pavor.

Alguns grupos deixaram inscrições que falavam do céu noturno e dos sonhos.

Certos povos que viveram próximos á baia de Hudson no Canadá, denominados hoje de Inuítes, acreditavam que sua alma iria para outro mundo enquanto sonhavam.

Portanto no principio os homens adotaram como “forças sobrenaturais” tudo que não conseguiam compreender, como o porque do Sol, da lua, das estrelas, dos próprios animais e plantas e as pedras.

Mas o homem evoluiu ao longo da história e passou a desempenhar um importante papel diante do mundo, desta forma influenciando muito mais do que sendo influenciado.

Hoje em dia temos o homem influenciando fortemente o mundo de inúmeras maneiras. Através por exemplo da Economia, da Política, da diversidade dos povos e das crenças diversas.

Com esta introdução podemos então adentrar mais profundamente ao estudo do nosso tema que é praticamente 1 pagina de O Evangelho Segundo o Espiritismo, mas que é de uma profundidade enorme.

Para uma melhor didática, o tema foi subdividido em 6 partes.

1 – Pois bem, nos fala o Espírito Protetor:

Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob o olhar do Senhor, implorando a assistência dos Bons Espíritos. Purificai, portanto, os vossos corações.Não deixeis que pensamentos fúteis ou mundanos os perturbem. Elevai o  vosso espírito para aqueles a quem chamais, a fim de que eles possam, encontrando em vós as necessárias disposições favoráveis, possam lançar em profusão as sementes que devem germinar os vossos corações, para neles produzir os frutos da caridade e da justiça.”

Elevai os vossos corações, o vosso espírito, que em vossa mente não seja povoada por pensamentos mundanos, profanos, fúteis.

Quantas vezes nos temos estes pensamentos ? Talvez possa ser até na maior parte do nosso dia, não é mesmo ?

Pois os pensamentos fúteis, mundanos, as notícias de caráter menos nobre elas circulam sempre em maior quantidade do que as noticias boas.

Desta maneira, torna-se um desafio para nós manter o pensamento elevado.

Mas este é o desafio, educar os nossos instintos, é sair do “homem velho”. O que é o homem novo senão a elevação a renovação dos nossos sentimentos.

Do que adianta nos orarmos, virmos á Casa Espírita, se nos aqui estamos pensando no mundo lá fora. Se ficamos nos preocupando apenas com o que ainda está por ser feito amanhã.

Elevar os vossos corações… Por quantas vezes pedimos, meu anjo de guarda, por favor me ajude….mas nós não nos ajudamos, por mantermos um pensamento, uma posição mental deletéria ou seja extremamente nociva e prejudicial.

Como é que nossos amigos bem feitores irão nos ajudar, se nós mesmos não nos ajudamos ?

Desafio: Educar instintos, impulsos e ações mundanas fúteis.

Evitar os excessos em geral: alimentação, sono, ócio, trabalho.

Evitar exteriorizar tensões e anseios através de instintos grotescos: vícios.

Procurar viver integralmente o presente, elevar os nossos corações, estar completo, estar por inteiro onde nós estivermos. Vivenciar o presente na sua integralidade. Dominar os instintos substituindo tensões por sentimentos elevados.

É claro para nós que instintos nós ainda os temos. São bagagens trazidas de nossas existências pretéritas.

Porem temos que nos trabalhar firmemente para substituí-los por sentimentos nobres e elevados.

2 – Na segunda parte continua nosso Espírito Protetor:

“Não penseis, porém, que queiramos […] vos levar a viver uma vida mística, isolado do mundo, que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, da vossa época, como devem viver os homens; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às futilidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar.”

NO Livro dos Espíritos – Parte Terceira– Das leis morais

CAPÍTULO VII

DA LEI DE SOCIEDADE

 

  1. Necessidade da vida social

 

Questão: 766. A vida social está na Natureza?

“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação social.”

Nos temos os 5 sentidos para serem utilizados…

Tudo tem uma razão de ser na obra divina, e deve ser bem utilizado.

Questão: 767. É contrário à lei da Natureza o insulamento absoluto?

“Sem dúvida, pois que por instinto os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente.”

 

Nós temos pois um objetivo enquanto homens no mundo, enquanto seres humanos encarnados.

É concorrer para o progresso.

E aí pensamos, mas este mundo é tão grande tenho 7 bilhões de irmãos e irmãs que eu preciso ajudar ?

Mas devemos nos ater principalmente ao “nosso mundo” que é a principio o meio familiar, nossos vizinhos, nossos parentes, colegas de escola, colegas de trabalho, nossa cidade. É neste meio social que nós devemos concorrer para o progresso.

Temos as vezes aquele vizinho ou aquele colega que perde a paciência e aí é que entra o nosso auxilio. Seja ficando em silencio, seja fazendo uma prece, seja auxiliando mais diretamente este nosso irmão.

Pois no âmago todos nos somos irmãs em humanidade.

Nos aqui podemos atuar em papeis como pais, mães, filhos, avós, tios, chefes, subordinados, mas na essência todos nós somos irmãos.

Na 3ª parte continua o Espírito Protetor:

“Fostes chamados ao contato de espíritos de naturezas diversas, de características opostas: não magoeis a nenhum daqueles com quem vos encontrardes. Estai sempre alegres e contentes, joviais e ditosos, mas com a alegria de uma boa consciência e a ventura do herdeiro do céu, que conta os dias que o aproximam de sua herança.”

Aqui o Espírito Protetor nos lembra que no mundo vamos conviver com os mais diversos indivíduos. E que estes na maioria das vezes serão diferentes de nós, pensando diferente, com crenças e ideologias diferentes, posicionamentos e comportamentos distintos dos nossos. Ou seja, em maioria, totalmente diferente de nós.

Aí imaginamos….Mas seria melhor se Deus colocasse junto de mim pessoais iguais, que pensassem como eu penso…..

Mas se todos pensássemos igual não haveria espaço para o progresso, pois o crescimento vem da diversidade. E é justamente na diversidade que vamos encontrar a dificuldade. Vamos enxergar a possibilidade de crescermos mais um pouco e entendermos aquele nosso irmão, que não foi educado como eu fui. Preciso pois entende-lo e respeita-lo.

Sede joviais…sede ditosos…mas que sua jovialidade provenha de uma consciência limpa.

O Espírito Francisco de Paula Victor, na obra “Quem é o Cristo?” Cap. 29 – Psicografia de Raul Teixeira diz: “Em chegando ao mundo terrestre, todo Espírito, desde os mais simplórios até os mais aquinhoados de valores gerais, estará a braços, com as condições do planeta.”

Exemplificando:

Socrates, não teve que sorver o veneno mortal ?

Gandhi, pregador da não violência, não foi assassinado ?

E continua Francisco de Paula… “Os que sonham com uma vida sem problemas, mesmo estando na terra, com certeza se julgam injustiçados por Deus, por tê-los internado nesta e não noutra paragem cósmica.

   Ref.“Quem é o Cristo?” Cap. 29 – Psicografia de Raul Teixeira.

     Precisamos compreender que o crescimento, o nosso papel de cristãos e Espíritas e enquanto seres humanos é sim uma diferença. É entender aquele meu semelhante muitas vezes difícil. É aí que eu vou crescer.

Neste ínterim, analisando o primeiro parágrafo refletimos…. Quantas vezes ao adentrarmos a um colégio, uma academia, a uma doutrina, e por este motivo adotar um posicionamento, uma atitude sombria. Jesus quer que nós sejamos alegres, felizes. Não deve ter nenhuma relação negativa o meu crescimento intelectual e moral por exemplo, com minha postura com relação ao meu semelhante. Por que agora sou Espírita não possa dizer, irmão, que bom que você veio. Que bom que está aqui, vamos dialogar.

Joanna de Angelis nos diz:

Alguém que cultiva a alegria de viver já possui um tesouro. Espalhe-o onde te encontras e oferta-o a quem te acerque, tornando mais belo o dia-a-dia de todos os seres com o sol de tua alegria.

     (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco)

Muitas vezes algum irmão nosso está triste, depressivo, isolado, passando por determinada situação e a gente chega e dá um bom dia…sorri para ele. Este seu simples ato pode fazer a diferença.

Nós não sabemos quando vamos partir deste plano, temos que refletir, nós estamos aproveitando a nossa vida, deixando de lado as nossas boas marcas. Quais marcas deixarei para que os meus familiares se lembrem de mim? Não importa a idade…

Na figura visualizamos pessoas jovens e pessoas idosas, mais maduras, com alegria de viver.

Uma pessoa velha o que é ? É aquela que não vê o maravilhoso em viver. É aquela pessoa que se isola. E hoje nós temos muitos jovens velhos.

O envelhecimento é uma condição humana. Mas podemos aprender a ser felizes e a sorrir em qualquer fase da nossa vida. Este é o convite que a Joanna de Angelis nos faz. Exteriorizarmos a nossa alegria de viver. E não temos ideia de como isto pode ser importante para o nosso semelhante.

Na 5ª Parte continua o Espírito Protetor:

“A perfeição, como disse o Cristo, encontra-se inteiramente na prática da caridade sem limites, pois os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde a mais íntima até a mais elevada. O homem que vivesse isolado não teria como exercer a caridade. Somente no contato com os semelhantes, nas lutas mais penosas, ele encontra a ocasião de praticá-la. Aquele que se isola, portanto, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio aperfeiçoamento: só tendo de pensar em si, sua vida é a de um egoísta. “

Nosso papel é muito relevante neste mundo.

Pensamos então naquelas pessoas eremitas, aqueles monges isolados que estão nas montanhas do Tibet….e esquecemos de que nós diariamente nos isolamos de nossos semelhantes. Em casa, eu converso com os meus familiares ? Muitas vezes nos nos isolamos nos meios eletrônicos. E aí observamos familiares que conversam mais através dos meios eletrônicos do que pessoalmente. Isto não seria um isolamento ? O isolamento está em nós….não é necessário subir numa montanha ou fechar-se num claustro. O que estamos fazendo para mudar isto ? Como poderemos praticar a caridade absoluta se nós estivermos isolados ?

O Cristo estava somente com os seus apóstolos, ou com os doutores da lei ? Não, ele estava sempre no meio da multidão passando sua mensagem de amor para a humanidade.

Neste ambiente em que vivemos, com pessoas as vezes de má fé. E é neste ambiente em que devemos atuar, para dar a nossa contribuição, mesmo que seja pequenina, uma parcela mínima, mas que uma palavra que nos digamos ou uma ação que nos tenhamos possa modificar a forma de pensar do nosso semelhante. Independente da posição social. Pois que uma pessoa pode ter muitas posses materiais mas estar necessitando de forma extrema de uma palavra de consolo.

O Homem no mundo.

   “Vós porem que vos retirais do mundo, para lhe evitar as seduções e viver no insulamento, que utilidade tendes na terra.”

   (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. 5 – Bem aventurados os aflitos – item 26. Kardec A.)

A 6ª parte:

   “Não imagineis, portanto, que para viver em constante comunicação conosco, para viver sob o olhar do Senhor, seja preciso entregar-se ao cilício (ao martírio) e cobrir-se de cinzas. Não, não, ainda uma vez: não! Sede felizes no quadro das necessidades humanas, mas que na vossa felicidade não entre jamais um pensamento ou um ato que possa ofender a Deus, ou fazer que se envergonhe a face dos que vos amam e vos dirigem.”

Esta é a essência do Capitulo XVII do Evangelho Segundo o Espiritismo. “Sede Perfeitos”

É uma META para todos nós.

Quando gradualmente chegamos ao final do dia e fazemos nossa autoanalise… E pensamos por exemplo….Hoje eu não ofendi a ninguém. Ou então hoje eu perdi a paciência…Hoje eu deixei de sorrir….ou de dar um bom dia….assim começa a auto analise que leva a uma melhoria continua do ser.